Especialistas de todo o país e de diferentes setores debateram as principais novidades em bioeconomia e agricultura, com ênfase nos desafios para promover a descarbonização e a circularidade na indústria nacional, durante o VII Encontro de Pesquisa e Inovação da Embrapa Agroenergia, entre 24 e 26 de outubro, em Brasília. A Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) foi um dos apoiadores oficiais do evento.
Presente à abertura, ao lado representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, além dos gestores da Embrapa, o Presidente-Executivo da ABBI, Thiago Falda, lembrou do surgimento da área de bionergia da Embrapa e sua sinergia com os objetivos da ABBI. “A Embrapa Agroenergia tem uma característica de vanguarda, de olhar para o futuro, identificar as oportunidades, pensar o Brasil grande”, celebrou. “A ABBI também foi fundada com o objetivo de olhar para o futuro para pavimentar o desenvolvimento da bioeconomia brasileira e encontrou aqui um grande apoio.”
O Chefe-Geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso Alves, destacou a importância da bioeconomia no órgão e em todas as instâncias públicas e privadas. “Nos dedicamos a desenvolver e transferir novas tecnologias para o aumento da bioeconomia, com foco em biocombustíveis e bioprodutos e ênfase no desafio de promover a descarbonização do agro nacional”, afirmou. “É um tema tão relevante que há no Congresso Nacional um grupo específico dedicado a debatê-la: a Frente Parlamentar Mista pela Inovação na Bioeconomia.”
Presente à mesa de abertura, Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento Econômico (MDIC), citou a ABBI ao destacar a importância do evento para o debate acerca da bioeconomia. “Essa agenda unifica o Brasil, é agenda de Estado, todos os setores econômicos e a população, sobretudo, ganham com ela”, comentou. “Temos a maior biodiversidade do planeta, uma matriz energética limpa, grande disponibilidade de água, capacidade científica e tecnológica, sabemos produzir biocombustível, produzimos etanol de segunda geração, com bioinovação, está aqui o Thiago Falda, que tem feito um trabalho excelente à frente na ABBI sobre isso”, apontou.
O otimismo sobre o potencial brasileiro na bioeconomia também foi registrado em outras falas da cerimônia. “Precisamos mostrar ao mundo todo o quanto nossa produção agro é sustentável, estamos falando de segurança alimentar e energética, biocombustíveis, sistemas de inovação agrícola, uma discussão que está nas universidades e tem vindo para todos nós”, exaltou Silvia Massruhá, Presidente da Embrapa.
Homenageado no evento por sua atuação em favor da criação da Embrapa Agroenergia, Roberto Rodrigues, ex-ministro e professor emérito do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encerrou a fala com um alerta positivo para o futuro. “Estamos fadados a liderar um projeto mundial que garanta alimento para a população do planeta e uma produção com sustentabilidade na questão climática, não vamos deixar mais uma oportunidade passar, o mundo espera por nós e a ciência é a base para isso”, concluiu.