Após participar ativamente da construção do projeto, a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) esteve presente na cerimônia de sanção da Lei Combustível do Futuro, na Base Aérea de Brasília, nessa terça-feira (8). Autoridades federais, representantes dos setores industrial e agrícola e do meio político reuniram-se durante a Liderança Verde Brasil Expo para celebrar a nova lei que incentiva a produção e o uso de combustíveis sustentáveis para uma mobilidade de baixo carbono.
Entre outros pontos, a lei estabelece programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. Também aumenta a mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel. O presidente-executivo da ABBI, Thiago Falda, destacou que a associação participou de um dos grupos específicos de discussão do tema. “Elaboramos um documento com a participação de muitos dos nossos associados e várias instituições”, relatou. “É um longo caminho para tornar a matriz energética do Brasil ainda mais sustentável e com os biocombustíveis com papel ainda mais relevante.”
Na prática, o principal avanço da Lei Combustível do Futuro é econômico, já que as mudanças devem gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos no agro e na cadeia dos biocombustíveis. Entre as empresas que assinaram acordo de investimentos no setor, está a Raízen, associada da ABBI. A companhia investirá R$ 11,5 bilhões na implantação de nove plantas de etanol de segunda geração (E2G). “Esse marco regulatório é super importante, mostra o compromisso que o Brasil tem com a inovação no setor de biocombustíveis, torna o futuro desse investimento mais claro e nos ajuda a tomar a decisão de continuar investindo em inovação”, pontuou o CEO da empresa, Ricardo Mussa.
Presidente do Conselho Diretor da ABBI e presidente regional da Novonesis para a América Latinada, William Yassumoto falou da relevância de todo o processo. “Tivemos a honra de participar da concepção deste projeto que traz diretrizes fundamentais para os programas nacionais do diesel verde, do combustível sustentável para aviação e o biometano, o que com certeza impulsionará uma transição segura para os combustíveis mais limpos.”
Política pública
Ao sancionar a Lei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o papel das empresas e dos produtores rurais que confiaram no projeto. “A sanção desta lei é uma demonstração de que nenhum de nós tem o direito de continuar não acreditando que este país pode ser uma grande economia”, comentou. “Porque este país tem tudo para crescer, o que precisa é ter governantes à altura das necessidades e das aspirações do povo brasileiro.”
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, completou: “Os avanços que teremos em razão dessa lei são inéditos, introduzindo o combustível sustentável de aviação e o diesel verde à matriz energética e descarbonizando setores que contribuem significativamente para a poluição do planeta”.
O relator do projeto Combustível do Futuro na Câmara, deputado federal Arnaldo Jardim (CID-SP), agradeceu a participação da ABBI e celebrou o resultado das discussões. “Nesse setor de biocombustíveis o Brasil já dá muitas lições, cria referência para todo mundo. Agora que esse setor vai crescer mais e ter previsibilidade, tenho certeza de que o papel da inovação será ainda mais acentuado”, projetou.






