ABBI oficializa sucessão no Conselho Diretor e foco no Plano Nacional de Bioeconomia

Única associação setorial na composição da Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio), a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) inicia 2025 com mudanças no Conselho Diretor. Maurício Adade, presidente da dsm-firmenich para a América Latina, assume a Presidência do colegiado; e Miguel Sieh, Diretor de Novos Negócios da Suzano, a Vice-Presidência. Eles têm a missão de conduzir a atuação da entidade na formulação do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio) e na regulamentação de leis sancionadas no ano passado com impacto direto na bioeconomia, como o Mercado Regulado de Carbono e o Marco Regulatório dos Bioinsumos. A ABBI ainda tem como um dos principais focos para o ano, a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP 30).

Já nos primeiros meses do ano, o desafio mais urgente da Associação será a formulação do PNDBio, processo que deve ser concluído até o fim do semestre, com contribuições de integrantes de 16 pastas da Esplanada, além de representantes da indústria, dos setores financeiro e de empreendedorismo, do meio ambiente e da academia. O plano é o principal instrumento de implementação da Estratégia Nacional de Bioeconomia e estabelecerá recursos, ações, responsabilidades, metas e indicadores necessários para o desenvolvimento da bioeconomia no país. A associação também terá a missão de representar a bioinovação no Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual (GIPI), onde cumpre mandato até 2026.

A condução da entidade em todos esses desafios terá como norte a defesa de um ambiente de negócios favorável à bioinovação, o que inclui regulamentação eficiente e incentivos à pesquisa e desenvolvimento de produtos de origem biológica; soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas e geração de desenvolvimento econômico. Além da atuação regular na formulação de políticas públicas, a ABBI também é responsável pela Secretaria-Executiva da Frente Parlamentar Mista pela Inovação na Bioeconomia (FPBioeconomia), que reúne duas centenas de parlamentares de diferentes legendas partidárias.

“Nos últimos anos, a ABBI tem sido protagonista ativa do debate público em torno da bioeconomia e bioinovação. Nosso objetivo é seguir levando a contribuição de organizações que carregam a inovação no DNA, com o intuito de contribuir para a consolidação do Brasil como líder dessa revolução industrial, rumo a um modelo de desenvolvimento econômico sustentável”, explica Maurício Adade.

“Este será o ano para a consolidação dos avanços conquistados nos últimos anos. Temos a missão de participar da construção de um plano que possibilite a execução de uma estratégia nacional de bioeconomia efetiva e eficiente, colocando o Brasil como protagonista mundial nesse mercado emergente. Contribuiremos para um arcabouço regulatório moderno e desburocratizado, e para a implementação de incentivos reais à utilização de recursos biológicos em todos os setores produtivos”, aponta Miguel Sieh.

Criada há 10 anos, com 13 sócios-fundadores ligados a três setores da economia, a associação hoje conta com 23 associadas, de mais de 10 setores. A Presidência-Executiva da entidade seguirá sob o comando do executivo Thiago Falda, que conta com quase uma década de atuação na ABBI, sendo cinco anos no cargo atual.