As proteínas alternativas, como carnes cultivadas e produtos plant-based, estão revolucionando o setor alimentício. Mas como garantir um ambiente regulatório que impulsione essa inovação? Esse foi um dos principais temas do 4º Salão Internacional de Carnes Cultivadas e Proteínas Alternativas, evento do qual a ABBI participou.

Durante dois dias autoridades, cientistas e representantes da indústria debateram desafios e oportunidades para a regulamentação desses produtos. No centro das discussões estava a questão: como fornecer proteínas para uma população que deve atingir 10 bilhões de pessoas em 2050?

O diretor de Assuntos Regulatórios da ABBI, Marcos Pupin, mediou um painel sobre os avanços regulatórios no setor. Entre os convidados estavam Hugo Caruso, Diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura (DIPOV/Mapa); Augusto Queluz, Gerente de Assuntos Regulatórios da BRF; e Gabriela Garcia, Analista de Políticas Públicas do GFI Brasil.Hugo Caruso mencionou que, desde 2021, o DIPOV tem conduzido consultas públicas e diálogos com o setor produtivo para regulamentar a rotulagem desses produtos – um avanço essencial para garantir transparência ao consumidor.

A regulamentação é um passo essencial para consolidar esse mercado. Como destacou Gabriela Garcia, o setor de alimentos plant-based no Brasil já ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Augusto Queluz ressaltou que um marco regulatório sólido trará segurança jurídica, atração de investimentos e concorrência justa.Para Marcos Pupin, a participação da ABBI reforça o papel da bioinovação no avanço de soluções tecnológicas sustentáveis, que impulsionam o crescimento econômico do país e garantem um futuro alimentar mais sustentável.