ABBI debate expansão da bioeconomia para combater mudanças climáticas na COP29

O Presidente Executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Thiago Falda, participou, nesta segunda-feira (18), do painel “What Role for Trade?”, promovido pela Trade Investment House, durante a COP29, no Azerbaijão. O evento abordou os desafios para a expansão da bioeconomia global, cuja projeção de crescimento é estimada de US$ 4 trilhões para € 30 trilhões nas próximas duas décadas.

O painel reuniu importantes lideranças globais, como o Embaixador de Clima da Nova Zelândia, Stuart Horne; a Diretora Global de Comércio da IFF, Mayra Souza e a Oficial de Recursos Naturais da FAO, Liva Kaugure. Os debates giraram em torno de governança internacional, padrões regulatórios e estratégias para fortalecer a confiança nas inovações biológicas, ressaltando o papel estratégico do comércio no avanço de soluções sustentáveis.

Os participantes do painel discutiram como a bioeconomia, impulsionada pelos avanços em biotecnologia e biotecnologia, contribui para os ODS promovendo a produção e o consumo sustentáveis, reduzindo desperdícios e fomentando novas oportunidades econômicas e políticas verdes por meio da inovação, de um melhor acesso ao mercado e redução de barreiras comerciais.

Dentre os tópicos abordados no encontro estavam como a bioeconomia pode proteger a biodiversidade, aumentar a sustentabilidade ambiental e apoiar o crescimento em uma economia circular e inclusiva; quais políticas e estruturas regulatórias são necessárias para facilitar o comércio global de produtos de base biológica; como promover o engajamento social e a confiança em inovações de base biológica; como as organizações internacionais podem apoiar ações coletivas para promover condições de igualdade e promover o comércio justo, e o que se pode esperar da bioeconomia na COP30 no Brasil.

Durante a sessão, Falda defendeu a remoção de barreiras não tarifárias que dificultam a comercialização de produtos da bioeconomia. Ele reforçou a importância de expansão do mercado para a bioinovação atrair investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de acelerar a transição para uma economia de baixa emissão de carbono, sustentada pelo uso responsável de recursos biológicos. “Essas ações são essenciais para apoiar a descarbonização global e conter o aquecimento do planeta”, destacou.