Tiago Quintela Giuliani, especialista em Sustentabilidade, Descarbonização e Novas Tecnologias da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), participou da 3º reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energética, em Belo Horizonte. O especialista apresentou a especialistas de várias partes do mundo as sugestões da ABBI de temas a serem incluídos nas discussões do G20 Brasil 2024. São elas o fim de barreiras tarifárias não-tarifárias e a expansão de produtos de origem biológica; investimentos em pesquisa e inovação; e capacitação em bioeconomia.
Os países do G20 representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e também 80% da emissão de gás carbônico na atmosfera. São os países mais ricos do mundo com realidades geográficas e culturais muito diferentes e todos têm desafios para implementar uma matriz energética sustentável. Portanto, durante três dias, representantes das maiores economias do mundo discutiram a necessidade de transição do uso de combustíveis fósseis para as fontes renováveis de forma justa, adequada e viável para cada país. As prioridades defendidas pelo Brasil na reunião foram, em especial, financiamento, dimensão social e o uso dos combustíveis sustentáveis.
Tiago Giuliani também apresentou dados do estudo “Identificação das Oportunidades e o Potencial do Impacto da Bioeconomia para a Descarbonização do Brasil”, elaborado pela ABBI, em conjunto com o Instituto SENAI CETIQT (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil), a Embrapa Agroenergia e o Laboratório Cenergia Lab (UFRJ). A pesquisa aponta que a implementação de novas tecnologias ligadas à bioeconomia tem o potencial de injetar US$ 592,6 bilhões ao ano no Brasil e reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país em 28,9 bilhões de CO2eq em 30 anos (2020 a 2050), uma redução que pode chegar a 65% das emissões atuais.