ABBI aponta medidas para acelerar a adoção de bioquímicos e biomateriais em Reunião do G20

A Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) participou dos quatro dias de reuniões do grupo de trabalho sobre transição energética do G20, que se encerra nesta sexta-feira (4), em Foz do Iguaçú. A entidade fez apresentação durante o painel “G20 Special Session on Sustainable Fuels, Chemicals and Marerials”. Durante a sessão, o presidente-executivo da ABBI, Thiago Falda, defendeu a adoção de iniciativas concretas para impulsionar a produção sustentável de produtos químicos e materiais nos países do G20. O gerente de Descarbonização da ABBI, Tiago Giuliani, também participou das atividades.

Falda destacou os resultados de estudos da ABBI, que indicam o potencial da bioinovação no Brasil para, até 2050, restaurar 117 milhões de hectares de pastagens degradadas, aumentar em 18 vezes a produção de biocombustíveis, dobrar a participação do Brasil na produção global de químicos e remover mais de 29 gigatoneladas de CO2 da atmosfera. Isso poderia gerar uma receita anual de quase US$ 600 bilhões, equivalente a mais de 30% do PIB brasileiro.

“A transição para uma economia de baixo carbono é uma oportunidade que deve ser abraçada com pragmatismo e ação coordenada, especialmente pelos líderes empresariais e governamentais reunidos aqui”, ressaltou Falda, sobre a importância de um esforço conjunto para acelerar essa transformação.

Durante o encontro, ministros das maiores economias do mundo debateram alternativas para uma transição energética justa e sustentável. Os principais objetivos são os de impulsionar financiamento para transição, incorporar dimensão social e impulsionar os combustíveis sustentáveis.

Falda também apresentou quatro propostas da ABBI para o G20:

  1. Eliminação de barreiras não tarifárias, com a criação de um padrão de sustentabilidade global e combate à desinformação;
  2. Expansão de mercado, por meio de compras públicas preferenciais e mandatos para produtos de base biológica;
  3. Investimento em pesquisa e inovação, com foco em tecnologias emergentes e programas de inovação alinhados às potencialidades nacionais;
  4. Capacitação, com intercâmbio de educadores e estudantes entre os países do G20 e o desenvolvimento de currículos integrados voltados para a bioeconomia.