Ciência que alimenta e inova: como a biotecnologia ajuda a indústria alimentícia a atender as novas demandas do consumidor


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Ciência que alimenta e inova: como a biotecnologia ajuda a indústria alimentícia a atender as novas demandas do consumidor

Por Zacarias Karacristo¹

A busca dos consumidores por uma alimentação mais saudável vai além das dietas da moda: cada vez mais, o consumidor se preocupa com a forma como os alimentos afetam não só a saúde, mas o meio ambiente. Atender a essa dupla demanda é um dos principais desafios da indústria alimentícia.

Muito antes de chegar à nossa mesa, existem fatores que contribuem para a saudabilidade e sustentabilidade dos alimentos. A biotecnologia atua no desenvolvimento de soluções que colaboram, por exemplo, para que a alimentação de aves de corte seja livre de antibióticos, ao mesmo tempo em que reduz a emissão do nitrogênio e fósforo liberados em suas fezes – uma das principais fontes de gases de efeito estufa. Enzimas também reduzem o desperdício de alimentos, que geram uma perda de quase um trilhão de dólares em todo o mundo.

Essa conscientização do comer, que já vinha influenciando o que o consumidor escolhia ao colocar na mesa, ganhou ainda mais força com mudanças trazidas pela COVID-19. A busca por alimentos que proporcionam bem-estar e benefícios para a saúde imunológica tende a permanecer após a pandemia.

Para a indústria de alimentos e bebidas, acompanhar e se antecipar a essas transformações significativas no consumo são fatores essenciais para permanecer relevante perante uma população cada vez mais consciente, informada e crítica. Como não mencionar o movimento clean-label, que foi impulsionado pelo consumidor, ainda tímido em nossa região, mas que não podemos deixar de lado? Com a biotecnologia, podemos oferecer soluções alternativas para a indústria de panificação, como enzimas que contribuem para um aumento da vida útil dos pães, ajudando a reduzir o desperdício de alimentos. Ou então, uma solução que contribui para rotulagem mais amigável e compreensível para os consumidores, cada vez mais atentos às informações presente nos rótulos.

Outra tendência de consumo com grande potencial transformador para a indústria alimentícia no momento é o plant-based, que tem como grandes motivadores a busca por uma alimentação mais saudável e mais rica em vegetais, além de maior conscientização ambiental. Se antes alimentos plant-based estavam restritos a um nicho de consumo ligado ao vegetarianismo, hoje eles já não se restringem a um público específico.

Para permanecer relevante perante uma população cada vez mais consciente, informada e crítica, a indústria precisa investir em Pesquisa & Desenvolvimento, e Marketing, estabelecer e cumprir metas ousadas de sustentabilidade e percorrer novos caminhos regulatórios. Na IFF, somos um dos principais fornecedores mundiais de ingredientes e soluções de alto valor para os mercados de alimentos, bebidas, entre outras indústrias, e participamos desse processo ativamente e em vários pontos da cadeia.

Comida sempre será um prazer, mas convidamos a indústria a descobrir novas maneiras de torná-la mais saudável e sustentável.

¹Zacarias Karacristo é Country Leader da IFF Brasil e Presidente Regional da divisão Nourish da IFF na América Latina. A IFF é líder global em alimentos, bebidas, saúde, biociências e experiências sensoriais. Aplicamos ciência e criatividade para criar soluções essenciais para um mundo melhor. Nosso portfólio de produtos incomparável é o mais robusto do setor e temos posições de liderança nas principais categorias de sabores, texturas, aromas, nutrição, enzimas, culturas, proteínas de soja e probióticos.